Segundo, pois o Brasil ainda é uma indústria pouco madura de gás natural e, pela ausência de atores operacionais, de infraestrutura e financiamento, a verticalização é mais adequada, principalmente numa empresa de grande porte com maior capacidade de arcar com riscos econômicos de longo prazo.Ī Lei do Gás, por exemplo, criou um ambiente mais desregulado preservando o papel coordenador da Petrobras. É justamente por isso, que há uma tendência quase que natural dessas indústrias se integrarem verticalmente.
Primeiro, porque neste segmento há uma grande sincronia entre oferta e demanda para que os investimentos sejam efetivados, isto é, a construção de um gasoduto de transporte vai depender da existência de um distribuidor e de um potencial de comercialização. Sob este contexto, a estrutura verticalmente integrada da Petrobras garantiu o suprimento e proveu elevada flexibilidade ao sistema”.Ī abertura combinada com a manutenção de uma empresa verticalizada é fundamental para o desenvolvimento integrada da cadeia produtiva do gás natural. Como lembra Romeiro (2016)1, foi o monopólio de fato da Petrobras que impulsionou o desenvolvimento de “toda a infraestrutura da cadeia de suprimento assumindo riscos estranhos à natureza da indústria, relacionados à variabilidade imprevisível da demanda termelétrica no país. A despeito do contínuo processo de abertura, a Petrobras preservou seu papel de principal coordenador e investidor do setor de gás natural no Brasil. O setor de gás deve presenciar a entrada de atores privados e, principalmente, restringir as condições de coordenador setorial realizado até então pela Petrobrasĭesde 1997 com a promulgação da Lei do Petróleo e, depois em 2009, com a criação da Lei do Gás, o Brasil vive um ambiente de maior abertura para o setor de petróleo e gás.